Ei! Como é o seu DAO? Ele é tão abstraído quanto o meu?

Ei! Como é o seu DAO? Ele é tão abstraído quanto o meu?
peas
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Essa é uma pergunta comum entre os desenvolvedores. Alguns acham que há uma fórmula única, que DAO é um pattern fechado e que possui seu diagrama de classes bem definido. Eu discordo.

Na minha humilde opinião, DAO é uma maneira de você encapsular o seu acesso a dados. Não importa se é através de uma factory de objetos que recebem uma Session do hibernate por injeção de dependências, ou se é um montão de métodos estáticos cheio de SQL dentro deles (argh!). Obviamente a última opção envolve diversos outros antipatterns (como singleton e métodos estáticos, que já criticamos anteriormente), porém ela consegue isolar seu acesso a dados, cumprindo o papel do DAO e de alguma maneira organizando sua camada.

Lendo a definição de Data Access Object no site da Sun, podemos chegar a um molde comum, mas nada impede que possamos incrementa-lo e modifica-lo de acordo com nossas necessidades. Por exemplo, com o Java 5, podemos tirar proveito dos generics. Na Caelum costumamos usar uma interface para os nossos DAOs parecida com a seguinte: ```java interface Dao { T search(Serializable id); void persist(T t); void remove(T t); // ... }

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A nossa implementação de DAO genérico para hibernate fica parecida com: ```java
 class GenericHibernateDao<T> implements Dao<T> { private Session session; private Class persistentClass;

public GenericHibernateDao(Session session, Class persistentClass) { this.session = session; this.persistentClass = persistentClass; }

public T search(Serializable id) { return session.load(persistentClass, id); }

// outros metodos da interface Dao } 

Repare que ele recebe session como argumento, que poderia ser injetada por um container. Outra opção seria buscar a session de um singleton (o clássico HibernateUtil), mas a primeira maneira é bem mais elegante e testável. Repare que ainda temos os problemas de controle de transações: onde abrimos e comitamos? dentro do Dao? de dentro do injetor de dependências? de dentro da sua lógica de negócios? Nós costumamos fazer esse controle em um interceptador ou mesmo em um Filter de servlets, dependendo do framework MVC usado. Nosso filtro é semelhante com o recomendado pela documentação do hibernate.

E então podemos utilizar nosso DAO: ```java Dao clienteDao = new GenericHibernateDao(session); clienteDao.persist(cliente); Cliente c5 = clienteDao.search(5);


Para as entidades que você precisa de mais que um simples cria/le/atualiza/deleta, criamos uma nova interface: ```java
 interface ClienteHibernateDao extends Dao<Cliente> { List<Cliente> buscaTodosClientesQueDevemDinheiro(); } 

E teríamos uma classe ClienteHibernateDao que estende GenericHibernateDao<Cliente> e implementa ClienteDao.

Meus colegas da easytech preferem abstrair também o tipo da chave primária: ```java interface Dao<T, I> { T search(I id); // ... }



Dessa maneira você realmente ganha mais tipagem, já que no DAO anterior poderíamos passar qualquer objeto serializável como chave. Podemos refinar muito mais nossas classes de acesso a dados, mas até que ponto chegar?

Ficar abstraindo demais a sua camada de persistência pode levar a proliferação de centenas de pequenas classes que simplesmente não fazem nada, só delegam e delegam. Claro que existem casos em que abstrair para apenas delegar é interessante, diminuindo o acoplamento entre suas classes, porém isso pode chegar a um ponto que vai atrapalhar o desenvolvimento.

[Nesta entrada do blog dos desenvolvedores do hibernate](http://in.relation.to/Bloggers/UsingAbstractionFrameworksToMaintainControlWrongBet), o uso de camadas para abstrair as ferramentas de mapeamento objeto relacional são duramente criticadas.

E você, qual é a receita de bolo para o seu DAO? Até onde você o refina?

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